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O aparelho Portavo 907 Multi, distribuído pela Pensalab

Como calibrar um medidor de pH? Confira passo a passo

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A precisão nas medições de pH é um requisito crítico em indústrias como a farmacêutica, a alimentícia e a química. Para garantir resultados confiáveis, é essencial realizar a calibração correta e periódica dos medidores de pH. Mas afinal, como calibrar um medidor de pH com segurança, eficiência e exatidão?

Neste artigo, você encontra um guia prático, ideal para profissionais que atuam com equipamentos de instrumentação analítica e precisam manter o controle rigoroso de qualidade em processos industriais.

Por que calibrar um medidor de pH?

A função básica de um medidor de pH é indicar a concentração de íons hidrogênio (H⁺) em uma solução, traduzindo isso em uma escala que vai de 0 a 14. Essa medição, porém, depende da integridade e da condição do sensor de pH, geralmente um eletrodo de vidro sensível.

Com o tempo, diversos fatores comprometem essa leitura:

  • Desgaste natural do sensor;
  • Acúmulo de resíduos;
  • Alterações na temperatura;
  • Desidratação do bulbo;
  • Uso de soluções tampão vencidas.

Por isso, calibrar é mais do que um procedimento: é uma etapa obrigatória de qualidade que evita leituras imprecisas, desperdício de insumos, retrabalhos e até falhas críticas em processos.

Como calibrar um medidor de pH: passo a passo técnico

A calibração de um medidor de pH pode parecer um procedimento simples, mas envolve cuidados específicos que garantem a exatidão e a confiabilidade das medições. 

A seguir, apresentamos um passo a passo técnico e detalhado que mostra como calibrar um medidor de pH corretamente, desde a preparação dos materiais até a verificação final dos parâmetros.

1. Verifique as condições do sensor

Antes de tudo, inspecione visualmente o eletrodo. O vidro não pode apresentar rachaduras, o bulbo deve estar hidratado e a ponte salina (quando houver) deve estar limpa.

Se o sensor estiver desidratado — o que acontece, por exemplo, quando é retirado da tampa de armazenamento e fica exposto por muito tempo — será necessário reidratá-lo. 

Para isso, deixe o bulbo do sensor imerso por 12 a 24 horas em solução KCl 3 mol/L. Nunca use água deionizada pura, por alterar o gradiente iônico da membrana e pode danificar a camada sensível do sensor.

2. Prepare as soluções tampão

As soluções tampão são padrões de referência com valor de pH fixo. Elas devem estar no prazo de validade e armazenadas adequadamente. Utilize sempre uma solução de pH 7 (neutra) e outra ácida (pH 4) ou alcalina (pH 10), dependendo da faixa de medição do seu processo. 

Uma calibração com três pontos (pH 4, 7 e 10) oferece maior exatidão, especialmente para medições fora da faixa neutra.

3. Inicie a calibração com pH 7

Lave o eletrodo com água deionizada e seque com um pano limpo (sem esfregar). Mergulhe o eletrodo na solução tampão de pH 7 e aguarde a estabilização do valor. Isso pode levar de 30 segundos a 2 minutos.

Ajuste o medidor para reconhecer esse ponto como pH 7. Esse é o ponto zero da calibração, e serve de base para os demais.

4. Realize a segunda (e terceira) calibração

Repita o processo com a segunda solução tampão (pH 4 ou 10). Novamente, enxágue, seque, mergulhe e aguarde a estabilização. Ajuste o medidor conforme o valor da solução. Evite reutilizar as soluções tampão. 

A contaminação cruzada entre tampões altera o valor real da solução e compromete a calibração. Para aplicações que exigem precisão extrema, adicione uma terceira solução tampão. Isso permitirá que o sistema compense eventuais não linearidades no sensor.

5. Finalize e verifique os parâmetros

Após calibrar, alguns medidores exibem informações como:

  • Slope (inclinação): Ideal entre 90% e 100%;
  • Offset (ponto zero): Próximo de pH 7;
  • Tempo de resposta: Rápido e estável (menos de 30 segundos).

Valores fora dessas faixas podem indicar problemas no sensor ou na calibração.

Erros comuns ao calibrar um medidor de pH

Mesmo seguindo um bom procedimento, alguns deslizes simples podem comprometer toda a calibração e gerar leituras imprecisas — o que, em ambientes industriais, pode resultar em sérias consequências para o processo. 

Um dos erros mais comuns é o uso de soluções tampão vencidas ou contaminadas. Essas soluções, quando fora da validade ou reutilizadas incorretamente, tendem a sofrer variações nos valores de pH, afetando diretamente a precisão da calibração.

Outro erro recorrente está na secagem inadequada do bulbo do sensor, utilizando papel comum ou toalhas abrasivas. Isso pode danificar a delicada camada de gel da membrana de vidro, responsável pela troca iônica que gera a leitura de pH.

Também é fundamental aguardar a estabilização da leitura durante a calibração. Pular essa etapa por pressa ou descuido faz com que o valor registrado não represente fielmente o pH da solução tampão, comprometendo toda a curva de calibração.

Após o uso, armazenar o sensor a seco é um erro grave. A hidratação constante do bulbo é essencial para o funcionamento adequado do sensor. Deixar o eletrodo fora da solução de armazenamento compromete sua resposta e vida útil.

Por fim, é importante evitar expor o sensor a mudanças bruscas de temperatura, como movê-lo de um ambiente refrigerado para um local quente sem aclimatação. Isso afeta a compensação automática de temperatura e pode distorcer os resultados de forma significativa.

Com que frequência devo calibrar meu medidor de pH?

A resposta depende da aplicação e da criticidade da medição. Em linhas gerais:

  • Laboratórios analíticos ou farmacêuticos: antes de cada uso;
  • Indústria de alimentos e bebidas: ao início de cada turno;
  • Aplicações de campo ou menos críticas: a cada 2 ou 3 dias;
  • Em uso contínuo: pelo menos uma vez por semana.

Se o sensor for armazenado por longos períodos, deve ser calibrado antes de voltar ao uso. Além disso, sensores usados em soluções agressivas ou de alta temperatura devem ser verificados com maior frequência.

Precisa calibrar e limpar seu sensor com muita frequência? Confira o cCare, tecnologia de automação para ambientes agressivos ou processos críticos.

Armazenamento correto do sensor

Após o uso, o sensor deve ser armazenado com o bulbo sempre imerso em solução de armazenamento (KCl 3 mol/L). Use a tampa original, mantenha o sensor na vertical e evite locais com variação térmica.

Um sensor de pH desidratado pode até ser recuperado, mas a melhor estratégia ainda é a prevenção por armazenamento adequado.

Portavo 907 Multi da Knick

Portavo 907 Multi Pensalab

O Portavo 907 Multi, distribuído pela Pensalab, é um medidor portátil robusto e altamente preciso, ideal para ambientes industriais.

Seus diferenciais incluem:

  • Compatibilidade com sensores Memosens de pH, condutividade ou oxigênio;
  • Interface intuitiva com menus em 6 idiomas;
  • Display colorido de alta resolução, legível sob luz solar;
  • Medição simultânea de pH/mV e temperatura;
  • Vidro mineral resistente a riscos;
  • Função multicanal para operação simultânea de 2 sensores;
  • Função de diagnóstico para acompanhamento do estado do sensor.

Perfeito para profissionais que precisam de confiabilidade e mobilidade em campo, o Portavo 907 Multi ainda oferece diagnósticos avançados que ajudam a validar a calibração com precisão técnica.

Conclusão

Saber como calibrar um medidor de pH é essencial para garantir a confiabilidade de qualquer processo que dependa de controle químico preciso. Com um passo a passo bem executado, materiais de qualidade e atenção aos detalhes, é possível manter o desempenho ideal dos sensores e evitar prejuízos com leituras incorretas.

Equipamentos como o Portavo 907 Multi oferecem recursos valiosos que tornam o processo ainda mais seguro, prático e inteligente. E lembre-se: a calibração é um gesto de cuidado com a precisão, com a segurança e com a sua operação.

Quer garantir resultados confiáveis nas suas análises?  Acesse o site da Pensalab e confira como calibrar um medidor de pH com equipamentos de instrumentação analítica e suporte técnico especializado.

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